Trabalho de desenho artístico para faculdade, pedido pelo professor Fábio Campos.
O objetivo era ilustrar um verso por estrofe (8 desenhos ao todo) da poesia que postei abaixo que é bem interessante e retrata uma parte do nosso país um tanto quanto cruel e que as vezes negamos que existe.
Escolhi 3 desenhos que fiz dos 8, os quais achei que ficaram melhores apesar de não terem ficado tão bons assim... não tive muito tempo para me dedicar a este trabalho.
O material utilizado foi papel canson e giz de cera.
ESTÁTUAS DE FERRO
Estátuas de ferro, poleiros de pombos
manchados os assis, refazem seus contos
e os santos Francisco, se banham no mijo
do alijo, do alívio, já seco, escondido
Recantos de milho, bolaram os fatos
retratos descobrem, a nua visão
cobertor de gelo, recobre os mendigos
vão quase morridos, pela contra-mão
Profetas nascidos no lixo das ruas
vagueiam em busca de salvação
tem barbas tão longas, tem bichos no corpo
desenham com tinta de seu coração
Não bebem, não comem, não dormem, não cheiram,
não andam, flutuam, pelo meio fio
adoçam a boca dos que já partiram,
não morrem desaguam corrente de rio
Pneus recortados, nos trilhos dos bondes
retalham no asfalto um canto sombrio
que a sombra escura, deixada no piso,
findou entre as gotas, manchando o vazio
Renasce em silêncio, essa tempestade
que o lenço molhado não pode encobrir
a cêra das velas decora o passeio
contendo no fogo o fim do pavio
Pombais enluarados, estátuas no estilo
mendigos preparam as pombas no freio
temperam sua carne, espetam sua pele
engolem as penas, as patas, os bicos...
Refazem amoo em pleno ar livre
se vingam da morte fazendo mais filhos
tão sujos, escondem, na cor da sujeira
a dor que é parteira de um velho país...
A dor que é parteira de um velho país Brasil.
Obs.: Não sei quem escreveu a poesia, se alguém souber me avise...
Estátuas de ferro, poleiros de pombos
manchados os assis, refazem seus contos
e os santos Francisco, se banham no mijo
do alijo, do alívio, já seco, escondido
Recantos de milho, bolaram os fatos
retratos descobrem, a nua visão
cobertor de gelo, recobre os mendigos
vão quase morridos, pela contra-mão
Profetas nascidos no lixo das ruas
vagueiam em busca de salvação
tem barbas tão longas, tem bichos no corpo
desenham com tinta de seu coração
Não bebem, não comem, não dormem, não cheiram,
não andam, flutuam, pelo meio fio
adoçam a boca dos que já partiram,
não morrem desaguam corrente de rio
Pneus recortados, nos trilhos dos bondes
retalham no asfalto um canto sombrio
que a sombra escura, deixada no piso,
findou entre as gotas, manchando o vazio
Renasce em silêncio, essa tempestade
que o lenço molhado não pode encobrir
a cêra das velas decora o passeio
contendo no fogo o fim do pavio
Pombais enluarados, estátuas no estilo
mendigos preparam as pombas no freio
temperam sua carne, espetam sua pele
engolem as penas, as patas, os bicos...
Refazem amoo em pleno ar livre
se vingam da morte fazendo mais filhos
tão sujos, escondem, na cor da sujeira
a dor que é parteira de um velho país...
A dor que é parteira de um velho país Brasil.
Obs.: Não sei quem escreveu a poesia, se alguém souber me avise...
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